Você já foi mentor.
Lembra das histórias que ouvimos ao longo da jornada da berthô que o Victor mencionou no blog anterior? Bem, vamos nos adentrar um pouquinho mais nelas. Depois de passar por esse processo de escuta e empatia, nós percebemos o quanto tínhamos aprendido nessas conversas. Trocamos ideias com CEOs, desempregados, donas de casa, professoras de universidade, aposentados… e, apesar de que a maioria das pessoas simplesmente nos contou suas experiências de vida, desafios e vivências – em vez de compartilhar conhecimento específico sobre alguma área -, não teve sequer uma conversa da qual nós não tiramos insights e aprendizados, não só para a berthô, mas também para nossa própria vida.
Sinto que muitas pessoas subestimam o conhecimento que elas possuem sobre diversos temas, acham que não têm a experiência suficiente, ou mesmo acreditam que os saberes delas não têm valor real para outras pessoas ou a sociedade. Nossa visão é completamente diferente: acreditamos que todo mundo tem potencial para ensinar e aprender!
Na minha vida, eu sempre adorei trocar ideias com pessoas mais velhas, não somente pelos conhecimentos técnicos delas (por exemplo, um jardineiro ou uma professora) mas, sobretudo, pela conexão que essa pessoa me fez sentir com o assunto ou a motivação que ela me ajudou a desenvolver.
Será que é necessário ser um especialista de alto nível para poder passar seu conhecimento para outras pessoas? Eu acredito que não. É lógico que você precisa entender e ter experiência em, por exemplo, marketing se você vai oferecer mentorias nessa área. Mas você não precisa ser o Erico Rocha para estimular uma pessoa a se desenvolver no campo de marketing digital. A orientação é sim importante, e sua experiência na área vai ser muito bem-vinda. Mas o que muitas pessoas esquecem é da relevância das emoções.
“As pessoas podem não lembrar exatamente o que você fez, ou o que você disse, mas elas sempre lembrarão como você as fez sentir.”
– Maya Angelou
Aceitar as próprias emoções e as das outras pessoas, conseguir fazer uma escuta ativa e empática das dores, dúvidas e necessidades do mentorado e se mostrar aberto e vulnerável são só alguns dos fatores fundamentais para que a relação mentor-mentorado seja saudável, inspiradora e produtiva.
Você já pensou em mentorar alguém? Bom, não importa qual foi sua resposta, saiba que você já foi mentor um dia, mas talvez não tenha se dado conta disso. Pense em todas as vezes que alguém te pediu conselho, ou que você compartilhou suas habilidades, conhecimentos e vivências com outra pessoa. Tudo isso pode ser considerado como “mentorias informais”, então aproveita a bagagem que essas experiências te forneceram para fazê-lo ainda com mais autoridade daqui para a frente! Bora?